Desculpa

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Pixei nos muros da cidade o que eu não tinha coragem de te dizer porque achei que correria ao ouvir. Eu sei, o medo é meu maior inimigo. Sempre foi.
O medo de não ser tudo aquilo que queria ser, de não pronunciar aquelas palavras da mesma forma em que as escutava em minha cabeça. Desculpe se eu não soube te mostrar que te admiraria mesmo nos dias em que quisesse ser outros ou outras. Desculpe se eu não te disse como era difícil me conectar com alguém por aí, alguém que realmente pudesse compreender. Desculpe se eu não te mostrei que não queria dançar conforme a música. Desculpe por não ser como estas estacas que batem as cabeças umas nas outras e nem mesmo percebem o choque. Desculpe se eu não te fiz entender que magoar os outros não curaria nada aí dentro. E agora, veja só, você é só mais um no meio da fumaça. Você é apenas um, no meio de tanta gente que eu desconheci. Mas não se preocupe. Uma hora a gente se acostuma. Desculpa.

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